A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou que o índice de infestação predial nos bairros de Itabira, está em 8,5%. O dado é oito vezes e meia maior que o preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), na condição de aceitável. De acordo com o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), realizado entre os dias 17 e 21 de janeiro, o primeiro do ano, este foi o maior patamar alcançado nos últimos cinco anos. No mesmo período do ano passado, o índice estava 0,2% menor.
A situação é bastante preocupante, inspira muito cuidado e deixa a SMS em alerta. Com um índice de 8,5% de infestação predial, Itabira corre alto risco de surto de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chinkungunya. De acordo com a classificação do MS, o índice considerado satisfatório fica na casa de 1%. A situação de alerta está classificada entre 1% e 3,9%; e superior a 4% significa risco de surto. Itabira ultrapassou o dobro desse limite.
A investigação foi feita em 1.874 imóveis escolhidos de maneira aleatória, que utiliza o método de amostragem. Foram sorteados bairros, quarteirões e imóveis que foram visitados pelos agentes de combate a endemias (ACE). Foram encontrados focos do Aedes aegypti em todos os bairros visitados: 30,5% estavam em recipientes possíveis de remoção (garrafas, plásticos e latas); 26,9% em recipientes como bebedouros e vasos de plantas; 18,8% dos focos foram encontrados em caixas d’água e tambores; e 11,7% em pneus.
“A partir desse resultado, se começa a direcionar os agentes para intensificar os trabalhos de tratamento, vistoria e eliminação de possíveis criadouros. O mais importante é que estamos orientando a população sobre o resultado, os criadouros e quais medidas devem ser tomadas para a eliminação desses focos”, explicou a superintendente de Vigilância em Saúde, Natália Andrade. Em janeiro Itabira teve uma notificação positiva para dengue. Foi feito o bloqueio em um raio de 300 metros do endereço, e usado inseticida.
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