Reprovação no vestibular não deve ser encarada como derrota, afirma especialista

A seleção para ingressar no ensino superior é apertada e o número de aprovados é sempre menor do que o de concorrentes, o que inflama a ansiedade de candidatos e traz o sentimento de decepção em vestibulandos que não conseguem passar na prova. O coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras, Rongno Rodrigues, afirma que, caso não seja classificado, o estudante deve focar em pontos positivos da experiência para melhorar na próxima tentativa.

O psicólogo ressalta que “apesar de toda frustração, superar o sentimento causado por não alcançar um objetivo ou meta faz parte do processo de amadurecimento pessoal”. Segundo o docente, é comum não ser aprovado nas primeiras tentativas. “É natural sentir um desapontamento, mas essa sensação de incômodo ou até mesmo sofrimento tende a diminuir com o decorrer dos dias. Tenha em mente que, às vezes, as coisas não ocorrem como você planejou, mas é importante continuar acreditando no seu potencial”, pontua.

O professor explica que é preciso fazer uma gestão de expectativas e identificar quais são os fatores externos que podem interferir no resultado. “Procure avaliar a si mesmo, reconhecendo os seus esforços no sentido de aprender a controlar as emoções, e faça uma autocrítica da sua dedicação e comprometimento, para reforçar a própria resiliência e persistência no objetivo”, pontua.

Em caso de reprovação, o psicólogo recomenda uma autoavaliação para refletir sobre a organização e rotina do último ano e indica: antes de se preparar em busca de um bom desempenho, é importante que haja equilíbrio entre os estudos e os cuidados com a saúde emocional e com a saúde física. “A partir da autoavaliação observe e reflita sobre as metas traçadas, e reorganize os pontos que não foram alcançados ou produzidos. Otimize os métodos atuais e adote novos”, afirma Rongno.

De acordo com o coordenador, ajuda profissional é necessária quando o candidato apresenta dificuldades para lidar com a situação e demonstra um profundo estado de desmotivação e ansiedade, mas é importante entender os motivos da desclassificação para se aproximar dos objetivos. “Se o indivíduo não conseguir vislumbrar uma solução por meio da autoanálise, deverá buscar acompanhamento psicológico. Assim poderá aprender a lidar com suas ações diante de outras frustrações de forma a evitar que a baixa autoestima interfira no seu desempenho futuro”, completa.

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