Considerando o cenário de avanço das síndromes gripais, provocando a elevação de casos de doenças como a covid-19 e a influenza em todo país, a Prefeitura de Itabira optou por não realizar o Carnaval em 2022. O tema será debatido em uma reunião na Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Piracicaba (Amepi), em agenda ainda a ser marcada. Antecipadamente, Itabira definiu que levará ao encontro, a posição contrária a festa popular com recursos públicos.
Itabira vai prorrogar o decreto que declara situação de emergência em saúde pública por causa da covid-19. O documento passa a ter validade até o dia 31 de março e estabelece regime de urgência para as ações de combate à pandemia do coronavírus, considerando os avanços da variante ômicron. “São decisões importantes, motivadas por uma alteração de cenário no que diz respeito à procura de atendimento”, avalia a responsável pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Luciana Sampaio.

Luciana Sampaio
O monitoramento da SMS é feito também pelo índice de retransmissão (RT). Nos últimos sete dias, o RT da covid-19 subiu para 1,37 enquanto o de síndromes gripais atingiu 1,19. Percentuais acima de um significam aceleração da transmissão. “A grande maioria dos casos é leve, não resulta em internações, mas é lógico que é um alerta importante para nós. Não podemos correr o risco de ter um agravamento do cenário, por isso a decisão de prorrogar a situação de emergência e sermos mais conservadores com o Carnaval,” afirma a secretária.
Dados da SMS mostram que entre as semanas de 13 a 19 de dezembro de 2021; e entre 27 de dezembro e dois de janeiro de 2022, o número de atendimentos no Pronto Atendimento (PA) do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), subiu de 37 para 78, o que representa um aumento superior a 110%. No Pronto Socorro Municipal de Itabira (PSMI), o número foi ainda maior no mesmo período. Os atendimentos passaram de 32 para 92, aumento de 187%.
Em Itabira há elevação na procura por atendimento considerada expressiva desde dezembro. “O Brasil todo tem observado um avanço das síndromes gripais. Embora, felizmente, essa procura não tenha se convertido em internações ou mortes, é preocupante na medida em que sobrecarrega todo o sistema de saúde, seja público ou particular. É nítido que há uma procura muito maior. Os números mostram isso e as salas de atendimento das unidades de saúde também”, diz Luciana Sampaio.
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