Professor da Una Itabira crê que pandemia promove mudanças comportamentais

Os efeitos da pandemia ainda serão sentidos por um longo tempo. Na economia, especificamente, precisaremos de aproximadamente três décadas para entender quais as reais consequências dessa crise sanitária. Pesquisadores da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima) identificaram que os impactos econômicos das mortes na pandemia, no Brasil, poderão ser observados até 2050. A Rede Clima conta com pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

“Dados da Revista Poder 360 mostram que 84,30% das vítimas da covid-19 tinham 50 anos ou mais. A previsão é que a morte de pessoas acima de 60 anos retire R$ 3,8 bilhões de circulação na economia brasileira. Alguém que tenha falecido aos 50, por exemplo, teria pelos menos mais 25 anos de idade econômica ativa. Ou seja, é menos gente para produzir, para gerar renda e riqueza”, destaca o professor de economia da Una Cristiano Machado, Mussa Vieira.

“A pandemia provoca uma série de mudanças, principalmente no nosso comportamento que é feito pelo contato. Nós somos um povo alegre, já está em nosso DNA, e também todas as outras culturas estão em contato de alguma forma. Mas, o brasileiro, é um povo caloroso e a pandemia impediu isso, então as pessoas buscaram novas relações de contato. Um sorriso por debaixo da máscara, por exemplo. As pessoas começaram a ter um cuidado maior com o outro”, avalia Eduardo Mendes, professor de Psicologia da Una Itabira.

“Vamos sentir por muito tempo essas mudanças, pois não é diferente com a pandemia, que ainda irá servir de muitos gatilhos para as nossas vivências seja na vida, com a morte, a possibilidade de uma doença, na instabilidade do mundo. Mas, o melhor de tudo é que podem ser superadas. Passamos tanto tempo em casa com cuidados e afastados do convívio social, que com sinais de melhoras os planos de fazer uma viagem, visitar parentes e amigos, começam a encabeçar a lista de desejos,” afirma o professor da Una Itabira.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *