O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência é comemorado anualmente desde 1992. A data, três de dezembro, tem o intuito de conscientizar a população sobre a importância de inserir as pessoas com deficiência em diferentes aspectos sociais, como político, econômico e cultural. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 10% da população tem alguma deficiência que podem ser classificadas em cinco tipos: física, intelectual, visual, auditiva e múltipla.
Quando se menciona alguém com deficiência, muitas pessoas utilizam os termos pessoas portadoras de deficiência e de necessidades especiais, porém, vale destacar que essas terminologias são inadequadas e não devem ser utilizadas. O motivo é que ao se referir como uma “pessoa portadora” temos a ideia de que tratar-se de algo transitório ou voluntário, sendo que na maioria dos casos a deficiência acompanhará o cidadão por toda a sua vida.
O dia internacional, portanto, tem o objetivo de dar visibilidade para este grupo de pessoas, que muitas vezes, são excluídas, perdendo oportunidades profissionais, prejudicando relacionamentos sociais e afetando a liberdade e o direito de locomoção. Rafael Bonfim é jornalista e tem 39 anos. Ele foi diagnosticado com paralisia cerebral nível três (pessoas que requerem apoio para andar, como muletas, andador ou cadeira de rodas). O jornalista explica que o capacitismo em sua vida sempre existiu, principalmente em relação ao trabalho.
Em sua vida concluiu a graduação, tem pós-graduação e morou fora do país, mas nunca conseguiu um emprego via processo seletivo, apenas com convite de alguém próximo ou conhecido. Rafael destaca os obstáculos mencionados pelas empresas para empregarem pessoas com deficiências: necessidades de adaptação no espaço físico do escritório como aumentar espaço entre mesas, reforma dos banheiros, largura das portas e diz que muitas vezes, as empresas optam pela rejeição.
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