A programação em comemoração à Semana Municipal da Consciência Negra movimentou Itabira no sábado (20). A data marcada pelo Dia Nacional da Consciência Negra foi celebrada com manifestações que lembraram luta, cultura e tradições afrodescendentes. Na ocasião foi assinado pelo prefeito Marco Antônio Lage, termo de compromisso entre a Prefeitura Municipal e a Organização das Nações Unidas (ONU), para o desenvolvimento de ações de combate ao racismo na cidade.
A Feira Livre dos Produtores Rurais de Itabira, no bairro Esplanada da Estação, recebeu o grupo de marujeiros. Após a apresentação, ocorreu o ato de assinatura. Pelo documento, Itabira se compromete a promover a igualdade racial na cidade, na qual 70% de sua população se autodeclara preta ou parda. O prefeito taxou o racismo ainda existente, como vergonhoso na sociedade. Segundo ele, é necessário saber que somos iguais, e precisamos ser tratados como tal.
“Este termo apresenta bases de comportamento da nossa sociedade que precisamos difundir cada vez mais. São ações contra o racismo. Sabemos que este racismo estrutural existe no Brasil todo, muitas vezes de forma explícita, outras vezes de forma camuflada, mas precisamos acabar com isso. Quando falamos em melhorar a cidade, falamos também de acabar com racismo em Itabira”, afirmou Marco Lage.
A diretora da Promoção para Igualdade Racial, Nyara Crispim, fez um balanço positivo da Semana de Consciência Negra. “Houve muito empenho para trazer diversidade de atrações e estamos tendo uma resposta muito positiva. Trouxemos um evento diferente, principalmente com as intervenções nas escolas, com reflexões, debates e cultura. Muito mais que uma Semana de Consciência Negra, vamos buscar um ano inteiro de consciência humana”, diz Nyara.
Ainda de acordo com o prefeito, as celebrações são importantes para refletir e criar políticas públicas que favoreçam a igualdade seja de gênero, ou racial. “Este documento assinado foi elaborado com a parceria da ONU Mulheres, nele constam dados que demonstram que em Itabira tem racismo e necessita desenvolver uma estrutura social para acabar com a discriminação”, completou Marco Lage.
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