A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Itabira divulgou sexta-feira (5) os dados do último Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), realizado entre os dias 18 e 22 de outubro. O indicador aponta situação de alerta para o número de focos do mosquito transmissor da dengue, mas também da zika vírus e chinkungunya. O índice médio de infestação é de 2,9%, em uma variação entre 0% a 20%.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) assinala como aceitável índice inferior a 1%, ou seja, a casa de 3% é o triplo do preconizado. A investigação foi feita em 1.819 imóveis escolhidos de maneira aleatória por meio de programa do Ministério da Saúde (MS). O método utilizado é o de amostragem: o aplicativo sorteou os bairros, quarteirões e imóveis que foram visitados pelos Agentes de Combate às Endemias (ACE).
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Natália Andrade, a situação em Itabira é preocupante. Grande parte dos criadouros do Aedes aegypti está nas residências em depósitos como, caixas d’águas, vasos/frascos, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros em geral (inclusive de animais), fontes ornamentais e depósitos para armazenamentos domésticos (tonel, tambor, barril, tina e filtros).
“A OMS preconiza como médio risco de surto de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti um índice entre 1% e 3,9%. Acima de 4% já é considerado surto. Por esse Liraa ter sido realizado em outubro, consideramos que não estamos em uma situação confortável uma vez que é apenas o início do período das chuvas. Temos que lembrar que o mosquito consegue sobreviver sem contato com a água por até um ano”, explicou Natália.
A representante da SMS ressalta que a população deve tampar tonéis e caixas d’água, manter as calhas limpas, garrafas sempre viradas para baixo, lixeiras vedadas, ralos desobstruídos e com tela. É necessário que os vasos de plantas tenham areia, limpeza nos potes com escova, e retirar o líquido na máquina de lavar, ou na geladeira. Locais com focos podem ser denunciados pelo telefone (31) 3839-2600 (disque dengue).
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