Considerada uma droga lícita, o tabaco é hoje uma questão de saúde pública e ainda é a principal causa de morte evitável em todo o planeta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo mata mais de oito milhões de pessoas por ano no mundo. No Brasil, esse número chega a mais de 200 mil pessoas. Neste domingo (29) é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. “Temos cerca de 50 doenças associadas ao tabagismo. Abandonar o cigarro não é tarefa fácil. Quem larga o cigarro, não está fazendo bem só a si mesmo, mas a todos que estão em volta”, ressalta o pneumologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX) Roberto Tagliaferro.
Além de ser responsável por mais de 90% dos casos de câncer de pulmão, o cigarro também está associado a cerca de 30% de outros tipos de câncer. O médico explica que o cigarro age como uma droga e vai sendo prejudicial ao longo da vida do tabagista. Com mais de 4700 substâncias tóxicas, a nicotina atua no sistema nervoso central como a cocaína, heroína, álcool, mas com uma grande diferença: chega ao cérebro em apenas sete a 19 segundos. Quando inalado, o monóxido de carbono atinge os pulmões e dali segue para o sangue, reduzindo a capacidade de carregar oxigênio.
“Neste ano a data assume proporções ainda mais relevantes. O isolamento social fez muita gente aumentar o consumo diário de cigarros. O que torna a situação dos tabagistas ainda mais preocupante. O tabaco causa diferentes tipos de inflamação no organismo, prejudicando os mecanismos de defesa e aumentando o risco de infecções por vírus, fungos e bactérias. E o pulmão é um dos órgãos mais afetados, por isso, os fumantes fazem parte do grupo de risco”, explica o especialista da FSFX.
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