O comerciante Filype Benini, de 34 anos, morador de Naque, no leste de Minas Gerais, ao saber da doença renal crônica do primo, Leandro Garajau, não pensou duas vezes em se candidatar para uma possível doação. “Nós somos muito unidos. Fomos criados praticamente juntos na mesma cidade. Eu já fui motorista da área da saúde e sei como é difícil para os pacientes renais terem que fazer diálise três vezes por semana. O que eu puder fazer para dar uma vida normal ao meu amigo e primo eu vou fazer”, conta.
Filype foi o primeiro possível doador a passar pelo novo protocolo utilizado pelo Serviço de Transplante Renal do Hospital Márcio Cunha da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), que agora, utiliza o exame da angioressonância magnética renal. O exame, também chamado de angiografia por ressonância magnética estuda artérias de forma não invasiva, onde as estruturas do sistema vascular são avaliadas através da emissão de ondas magnéticas.
Para o coordenador do Serviço de Transplante Renal da FSFX, Carlos Calazans, o novo protocolo com a angioressonância magnética renal é uma conquista que valoriza o doador. “Normalmente para fazer a avaliação do doador era feito dois exames: a urografia e a arteriografia. Na arteriografia, era inserido um cateter na virilha do potencial doador. Hoje, todo o processo é menos invasivo, seguindo normas internacionais que dão mais tranquilidade e segurança a esse candidato à doação,” destacou.
O especialista mostrou as vantagens desse procedimento. “Esse é um diferencial nosso, com este avanço tecnológico aprimoramos nosso protocolo dando tranquilidade ao doador e, consequentemente, estimulando mais doações de doadores vivos”, explica Calazans, que complementa: “o exame traz vários benefícios, entre eles a rapidez na sua realização, que dura em média quarenta minutos. Ele é menos agressivo, com isso tem ainda menos possibilidades de complicações do que os procedimentos anteriores,” detalha.
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