Os brasileiros comprometem em média 17% da renda com financiamento imobiliário, segundo mostra um estudo inédito da Serasa Experian realizado em setembro deste ano. As informações, que têm como base os dados do Cadastro Positivo, revelam que a faixa etária que menos destina parte dos rendimentos a esta modalidade financeira é daqueles entre 51 e 60 anos (15,9%), seguida por de 36 a 50 anos (16,2%).
Os jovens de até 35 anos, apesar de comprometerem 20,1% da renda, possuem um nível de pontualidade de 85,9%, resultado acima da média dos pagamentos em dia de cartão de crédito e empréstimos pessoais. “Observamos um comprometimento maior da renda dos jovens porque eles ainda estão entrando ou se consolidando no mercado de trabalho, o que faz com que seus salários normalmente sejam inferiores às demais faixas etárias”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
O Centro-Oeste é a região com a maior penetração desta modalidade de crédito (11,5%). O Sul aparece na sequência (10,9%) e se destaca entre os mais pontuais (87,8%). Ainda segundo Rabi, a penetração dos financiamentos imobiliários tem aumentado no Brasil, chegando a 7,6% em setembro de 2020.
O maior volume está entre os brasileiros de 36 a 50 anos, nesta faixa etária, o parcelamento dos imóveis é semelhante ao de automóveis (12,0% e 12,2%, respectivamente). Os mais jovens, de até 35 anos, aparecem na sequência (7,6%). Entre eles, a compra de apartamentos e casas ultrapassa o consignado. “O mercado de crédito imobiliário brasileiro está começando a seguir em direção a um padrão que existe em países desenvolvidos, nos quais este tipo de financiamento é bem presente,” comenta Luiz Rabi.
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